terça-feira, 28 de setembro de 2010

SMEC - ITAGUAÍ - RJ - APRESENTA : E. M. Amauri Ferreira - : “A importância dos livros do Conselho Escolar em minha Unidade Escolar”

AÇÃO DO CONSELHO ESCOLAR EM DESTAQUE!!!






Diretora. Profª. Erigleide da Costa Barros Melo

Introdução

Após análise do Projeto de Lei n° 4483/2008, da Srª Luiza Erundina, o Conselho Escolar, através das atividades realizadas no 11° Centro de Estudos, no dia 19 de agosto de 2010, com a participação dos professores, funcionários e membros componentes do Conselho Escolar, suas considerações de acordo com o tema recebido: “A importância dos livros do Conselho Escolar em minha Unidade Escolar”:

-Foram consideradas e adotadas pelo grupo que temos que transformar a educação fazendo a nossa parte. Conscientizando os alunos desde a Pré Escola, tentando acabar com a indisciplina; diminuir o índice de evasão escolar; elevar a autoestima do educando para que possamos percorrer caminhos em busca de uma educação de qualidade.
Para que possamos obter êxito desses resultados e atos, é preciso que os pais/ responsáveis, comunidade local e a escola como um todo se familiarizarem, se envolvendo efetivamente com a formação dessas crianças, respeitando–as, sempre.

É só acreditar...

Passamos para as considerações:

Livro 1

“A realidade brasileira e o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares”

1ª Parte

1 – Os Conselhos Escolares serão criados visando uma democracia representativa (é aquela em que todos os dirigentes são eleitos por votos dos cidadãos), tendo em vista que a função social da escola pública é a de formar cidadãos solidários, críticos, éticos e participativos.

2 – O Conselho Escolar tem as seguintes funções:

a) Deliberativa: elaboram normas internas da escola sobre questões referentes ao funcionamento no aspecto pedagógico, administrativo ou financeiro.

b) Consultiva: quando analisa as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola apresentando sugestões ou soluções.

c) Fiscais: quando avalia e garante o cumprimento das normas da escola e a qualidade social do cotidiano escolar.

d) Mobilizadora: quando os segmentos da escola e da comunidade local se integram em diversas atividades.


Livro 2

Conselho Escolar e a aprendizagem na escola

1 - Que tipo de qualidade é compatível com uma educação emancipadora?

É importante ressaltar que a escola que busca a qualidade precisa desenvolver o ser social em todas as suas dimensões: no econômico (inserção no mundo do trabalho e da produção de bens de serviços); no cultural (apropriação, desenvolvimento e sistematização da cultura popular e cultura
universal); no político (emancipação do cidadão, tornando-o dirigente do seu destino e participe ativamente na construção do destino do grupo social ao qual pertence).


2 – Na prática educativa quem ensina e quem aprende?

Uma educação emancipadora busca a transformação da realidade (o professor ensina, o aluno aprende). O conhecimento passa a ser fruto de uma construção coletiva,e, assim, o professor é mais que um mero “ensinante” e o processo de ensino-aprendizagem adquire movimento de troca e de crescimento mútuo.


Livro 3

A escola e o Conselho Escolar e o processo de formação nos Conselhos Escolares


1 - O Conselho Escolar é o espaço necessário para que toda a comunidade escolar e local com a mesma determinação e o mesmo pensamento, com um só objetivo, lutem e trabalhem de mãos dadas para que sejam asseguradas as condições necessárias à aprendizagem.

2 – Para que a escola ofereça esta contribuição, antes de mais nada, deve respeitar a história de vida da criança na convivência em comunidade.

3 – Para que não haja a pedagogia da discriminação é preciso respeitar e cultivar as diferenças.
Se não houver respeito, haverá abertura para intolerância, insensibilidade e falta de ética, daí gerando rejeição, a desmotivação, dificuldades de aprendizado e a exclusão.

Livro 4

A escola pública como espaço de exercício de cidadania.

1 – Aqui o capítulo aponta escolas bem sucedidas na América Latina, tendo como fatores de sucesso:
  • Prédios adequados;
  • Vasto material didático e bibliotecas;
  • Autonomia de gestã
  • Formação dos docentes pós médio;
  • Pequeno quantitativo de alunos por sala;
  • Os docentes tem autonomia profissional, assumem a responsabilidade pelo êxito ou pelo fracasso dos estudantes;
  • Pratica-se a avaliação de forma sistemática;
  • Não há nenhum tipo de segregação;
  • Os pais se envolvem na atividade da comunidade escolar;
  • O ambiente emocional é favorável à aprendizagem.


2 – Mecanismo e instrumentos inclusos na LDB visam assegurar a qualidade de ensino:

- Calendário escolar;
- Ano letivo – 200 dias, 800 horas, 4 horas de trabalho efetivo em sala de aula diário;
- Cabe a escola se adequar diante dos dispositivos apresentados na LDB.


Avaliação

A escola é responsável pela verificação do rendimento do aluno. De acordo com a legislação vigente ela deve ser contínua e acumulativa, em que prevalecem os aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Quando a escola percebe que o estudante não apresentou o aproveitamento esperado deve dispor de mais algum tempo para avançar em suas aprendizagens.
O Conselho Escolar deve estar atento ao fato de que o currículo e as práticas pedagógicas não constituem um campo neutro.
O currículo é o terreno em que ativamente se criará e produzirá cultura.

O tempo

É fundamental para que o docente possa identificar os fatores de sua ação pedagógica no dia-a-dia escolar.




Livro 5

Gestão Democrática – A participação cidadã na escola

O trabalho participativo e integrado é fator fundamental para o sucesso da ação educativa no cotidiano, com isso, tentamos arquitetar a construção de uma escola que trabalhando junto a sua comunidade, estabeleça as bases de uma educação mais justa e adequada à sua clientela, lugar onde os alunos tenham direito de descobrir a vida e nela se reconhecerem como cidadãos.
Esse trabalho coletivo se dá por meio da escolha do dirigente escolar, do grêmio estudantil, do conselho escolar, do conselho de classe e outros.
Portanto, o trabalho em equipe é essencial para a produtividade de uma nova proposta educacional. Sendo assim, é fundamental que a escola estimule e incentive seu aluno para atuação em ações conjuntas e solidárias, valorizando sempre a participação e integração entre escola, aluno, comunidade numa estratégia de pluralidade rumo à construção do saber.

O que é participação?

A participação apresenta diferenças significativas. Ela pode ser entendida como um processo complexo que envolve várias pessoas, cenários e múltiplas possibilidades de organização. Entretanto, busca compartilhar as ações e as tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os diferentes segmentos da comunidade escolar, garantindo a infraestrutura adequada, quadro de pessoal qualificado e apoio estudantil.


Por que a educação é um direito de todo cidadão?

A educação, como prática social, constitui direito social do indivíduo.
Para garantir esse direito, é preciso mobilização social em defesa da garantia de escola pública de qualidade para todos.


A educação só ocorre na escola? Qual o papel da instituição escolar?

A educação envolve os diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do projeto pedagógico que constitui um grande desafio para a construção da gestão democrática e participativa. Portanto é fundamental a participação dos profissionais da educação e da comunidade escolar.


Parte II

Por que a gestão democrática é um processo de aprendizado coletivo?

Precisamos exercitar a pedagogia do diálogo, do respeito às diferenças, garantindo a liberdade de expressão e a busca da construção de projetos coletivos.

Quais são os elementos fundamentais para a implementação de uma processo de gestão democrática participativa na escola?

A construção coletiva de um projeto pedagógico pela escola, envolvendo os diferentes segmentos da comunidade local e escolar;
  • Da discussão e mudanças na organização do trabalho e na gestão da escola;
  • Do estabelecimento de formas de distribuição do poder, assim como da vivência e construção de novas formas de relacionamento interpessoal;
  • Provimento ao cargo do diretor.


    Parte III

    Qual a importância dos mecanismos de participação na efetivação da gestão democrática?

    Entende-se como mecanismo de participação colegiada na instituição educativa, as maneiras ou formas que os segmentos sociais envolvidos na comunidade escolar e local tem de participar ativamente da escola e do seu funcionamento, por meio do envolvimento coletivo nas discussões, no planejamento e na definição de projetos para a instituição escolar.

  • O que é Conselho Escolar e qual a sua importância para a democratização da escola?

    O Conselho Escolar, órgão de representação da comunidade educativa. Trata-se de uma instância colegiada, que deve contar com a participação de representantes dos diferentes segmentos das comunidades escolar e local, podendo construir um espaço de discussão de caráter consultivo, deliberativo, fiscalizador e mobilizador.


    Parte IV

    Gestão democrática e a autonomia da escola

    Como o Conselho Escolar pode atuar na escolha dos dirigentes escolares e no processo de implementação da gestão democrática como elemento aglutinador de forças e como co-responsável pela gestão da escola?

    Na medida em que se apresenta como um elemento aglutinador de forças dos diferentes segmentos que compõem as comunidades local e escolar, essa participação se dá na organização do processo, ou na forma de consulta, no recebimento de inscrições, na divulgação das propostas de candidatos, na realização de debates e de outras atividades definidas pela comunidade escolar e pelo respectivo sistema de ensino.


    Como desenvolver práticas colegiadas que fortalecem a direção da escola e o Conselho Escolar como espaços de decisão compartilhada?

    Fortalecendo instâncias de participação, como o Conselho Escolar, buscando formas de ampliar a participação ativa de professores, coordenadores, orientadores educacionais, estudantes, funcionários, pais de estudantes e comunidade local é muito importante para a efetivação de um processo de gestão inovador que expresse, a cada dia, as possibilidades de construção de uma nova cultura escolar.





    Livro 6

    Conselho Escolar como espaço de formação humana: Círculo de Cultura e qualidade da educação.


    A formação de um Conselho Escolar estruturado e atuante em uma Unidade Escolar é quase que fundamental para que haja uma integração entre a comunidade local e a escola e haja também um apoio, uma base, uma estrutura enfim, um lugar onde o aluno se sinta a vontade para compartilhar seus problemas, seus traumas, seus medos, buscar uma solução ou até mesmo uma melhoria de vida.
    Para que o Conselho funcione de uma forma eficaz, os conselheiros precisam ser pessoas centradas, motivadas e motivadoras, pessoas que vão se deparar com os problemas e dificuldades alheias e vão se deparar também com casos de pessoas que nem ao menos conhecem, mas não vão “sair fora”, vão enfrentá-los de frente na busca de obter o êxito esperado por todos.


    Parte I

    A importância e o sentido e o sentido da formação

    A atuação participante na gestão da educação escolar é um processo que demanda reflexão e estudo e constitui um processo de formação cotidiana e continuada, na própria atuação do Conselho Escolar, na gestão do trabalho pedagógico e em outros aspectos da gestão escolar.
    A ação é movida pelo ativismo quando se age sem pensar, quando se é levado pelas impressões e aparências e movido pelo senso comum, pelo costume ou hábito. A ação dos conselheiros deve superar essas duas bases, porque sua ação deve ser uma prática social.






    O que é indispensável para a democracia e a cidadania?


    A emancipação humana é um processo antropo-social, isto é, pessoal e individual e coletivo/ social.
    O processo de emancipação humana implica o reconhecimento e a valorização da diferença entre as pessoas.
    O sentido histórico da educação nesta perspectiva de construção da cidadania e da democracia participativas, demanda um trabalho pedagógico coletivamente assumido pela comunidade escolar e local.


    a) Respeito e cultivo às diferenças:

    É na convivência com os outros que aprendemos a falar, sorrir, caminhar e amar. Portanto, somos diferentes.

    Parte II

    O processo de formação


    Os conselhos estão assumindo papéis mais significativos e relevantes, participando do planejamento da avaliação e da reprogramação da proposta pedagógica da escola, do Projeto Político Pedagógico.
    Para que o conselheiro escolar contribua no enfrentamento dos problemas e desafios da escola, é importante que se organize coletivamente e mobilize a comunidade local além dos segmentos da comunidade escolar.
    Esta organização coletiva, também se beneficiará com momentos de formação, para os quais sugerimos os três momentos do círculo de cultura.

    1 – Momento investigativo: é o momento de diagnóstico ou definição do problema e de problematização ou busca a compreensão das origens dos problemas.

    2 – Momento de tematização: é o momento de reflexão, estudo e fundamentação teórica, utilizando o conhecimento dos participantes e buscando outros conhecimentos.

    3 – Momento de proposição: é o momento da programação, elaboração de uma proposta de solução e de acompanhamento da execução dessa proposta.


    Que processos de formação continuada contribuem para que os conselheiros escolares atuem, de fato, para a construção de uma educação com inclusão social?

    A participação em reuniões e processos de estudos de todos os envolvidos, especialmente dos membros do Conselho Escolar é fundamental para contribuir cada vez mais para que a escola:

    • Cumpra sua função de educar, construindo a democracia e a cidadania participativa;
    • Realize um processo de aprendizagem significativa;
    • Respeite e valorize o saber e a cultura do estudante e da comunidade;
    • Use significativamente o tempo pedagógico;
    • Seja democrática e participativamente gerida.


      Os conselhos escolares são instâncias coletivas de atenção pró-ativa da gestão democrática da escola e contribuem para que o trabalho pedagógico da escola, participe do processo amplo de construção da democracia e cidadania participativas.

      A escola, como lugar de formação humana emancipadora é o espaço privilegiado de convivência. Seu PP visa oferecer as condições educacionais objetivas para que as crianças, jovens e adultos se inscrevam criticamente na cultura.

      b) Unidade na diversidade

      A contribuição da escola, embora limitada, é indispensável na construção da cidadania. Entretanto, se a contribuição da escola na formação das pessoas, uma transformação dificilmente terá condições de acontecer.


      A formação do Conselho Escolar

      A escola vive uma época desafiadora e privilegiada de transformação da sua prática pedagógica e, até mesmo, de sua reinvenção.
      O estudante, que era mais um receptor passivo, vai se tornando sujeito autônomo e autor de sua formação de objeto a ser moldado, o estudante se constitui autor da sua própria história.
      Ser membro de Conselho Escolar, ser cidadão ou cidadã é ter o direito e o dever de participar deste processo de reinvenção da escola.

    Conselho Escolar e o financiamento da Educação no Brasil

    Direito à educação

    A educação é um dos importante elemento na conquista da cidadania.
    Os pais, professores, funcionários, gestores e comunidade tem que estar a par das leis para que juntos possam lutar em prol das melhorias.

    Conhecendo o processo orçamentário e sua execução

    As receitas públicas podem ser compreendidas, como um conjunto dos recursos econômicos e financeiros previstos no orçamento de um estado e arrecadado compulsoriamente para fazer face às sua despesas.

    O financiamento da Educação Básica

    Cada Federado (União, Estado, Município) tem que estar integrados, para que a oferta da educação básica seja garantida.


    O FUNDEF e o FUNDEB: subvinculação e redistribuição

    Um novo fundo para a educação básica está tramitando no Congresso Nacional por meio de uma proposta: emenda constitucional.


    Programas Federais e recursos para a escola

    O FNDE visa não só apoiar a oferta da educação, mas também a melhoria da qualidade educacional.


    Projeto Político Pedagógico e a construção coletiva na escola

    Esse projeto deve refletir a dinâmica da escola, um repensar constante do dia-a-dia escolar. É um aliado fundamental na autonomia financeira da escola, pois quando pensado coletivamente ganha força diante da comunidade e do sistema de ensino.




    Livro 7

    Conselho Escolar e o financiamento da Educação no Brasil

    Direito à educação


    A educação é um dos importante elementos na conquista da cidadania.
    Os pais, professores, funcionários, gestores e comunidade tem .que estar a par das leis para que juntos possam lutar em prol das melhorias.

    Conhecendo o processo orçamentário e sua execução

    As receitas públicas podem ser compreendidas, como um conjunto dos recursos econômicos e financeiros previstos no orçamento de um estado e arrecadado compulsoriamente para fazer face às sua despesas.

    O financiamento da Educação Básica

    Cada Federado (União, Estado, Município) tem que estar integrados, para que a oferta da educação básica seja garantida.
    O FUNDEF e o FUNDEB: subvinculação e redistribuição

    Um novo fundo para a educação básica está tramitando no Congresso Nacional por meio de uma proposta: emenda constitucional.


    Programas Federais e recursos para a escola

    O FNDE visa não só apoiar a oferta da educação, mas também a melhoria da qualidade educacional.


    Projeto Político Pedagógico e a construção coletiva na escola

    Esse projeto deve refletir a dinâmica da escola, um repensar constante do dia-a-dia escolar. É um aliado fundamental na autonomia financeira da escola, pois quando pensado coletivamente ganha força diante da comunidade e do sistema de ensino.


    Livro 8

    Conselho Escolar e a valorização dos trabalhadores em educação

    1 - Os trabalhos da educação básica

    É importante que todos da comunidade escolar (pais, estudantes, professores e funcionários) se conscientizem das razões e da concretude dessa injusta divisão social do trabalho e da forma pela qual ela se manifesta na escola.
    Cabe aos Conselheiros Escolares, com a compreensão desta realidade, somar esforços na luta pela valorização do trabalho de funcionários, visando a uma nova organização do trabalho escolar, com uma visão recíproca da unidade escolar.
    E todos, na escola devem ser sujeitos da ação educativa caminhando na direção da democracia participativa e da superação das desigualdades sociais.

    2 – Os trabalhadores da educação básica

    É importante que todos da comunidade escolar (pais, estudantes, professores e funcionários) se conscientizem das razões e da concretude dessas injusta divisão social do trabalho e da forma pela qual ela se manifesta na escola.
    Cabe aos Conselhos Escolares, com a compreensão desta realidade, somar esforços na luta pela valorização do trabalho de professores e funcionários, visando uma nova organização do trabalho escolar. Neste espaço, todos são sujeitos históricos atuantes na prática social da educação escolar e podem desenvolver, de modo integrado, uma ação no sentido de proporcionar aos integrantes da comunidade escolar uma formação teórica e prática voltada para o exercício da cidadania, praticando a democracia participativa e tendo um horizonte político emancipador. Em que cada um perceba que sua parte no trabalho faz parte (ou deveria fazer), de um todo orgânico, que é a educação.

    3 – A desvalorização/ valorização dos trabalhadores da educação básica

    No caso dos professores, inicialmente, nos tempos da educação jesuítica (período colonial), eles eram valorizados como trabalhadores intelectuais, a medida que detinham todo saber sistematizado veiculado na Colônia. Após a expulsão dos jesuítas do país, em 1759, surge em 1772, uma “política de oferta direta da instrução gratuita através de professores assalariados” os professores das “aulas - regias” ou professores de disciplinas específicas, improvisados e mal pagos. Tem-se assim, uma desvalorização do trabalho docente.

    4 – A desvalorização dos funcionários de escola

    Os funcionários da escola também tem uma trajetória histórica própria. Inicialmente, no período jesuítico, suas funções eram exercidas pelos “irmãos coadjutores” (auxiliares) que, mesmo que instruídos, viviam em posição de subalternidade em relação aos padres dentro dos colégios e seminários. Eles trabalhavam na cozinha, na sacristia das igrejas, na horta, no pomar e na fazenda, na enfermaria, na biblioteca, nas oficinas de costura, de marcenaria, de ferrovia, de trabalhos em couro. Havia assim, uma divisão social do trabalho no interior da educação jesuítica: professores (padres) e irmãos coadjutores (auxiliares) que, por sua vez, eram auxiliares por escravos.
    Com o surgimento dos liceus e colégios, assim como das escolas normais – prédios grandes e com vários tipos de dependência surge a necessidade de um quadro de pessoal diferenciado, além dos professores “foi que nasceu a categoria dos funcionários da educação, não mais escravos, nem religiosos, mas funcionários públicos, assalariados”.

    5 – A valorização dos trabalhadores da educação básica: os movimentos sociais e a política educacional.




    Em todos esses espaços e momentos, destaca-se a luta pela valorização dos profissionais da educação, aí incluídos os professores de todos os níveis de ensino e os funcionários de escola.
    Convém relembrar, ainda que, esta política de formação está vinculada a necessidade de uma remuneração condigna que fixe os trabalhadores em seus postos, a uma carreira que os valorize permanentemente, a uma jornada e condições adequadas de trabalho e o reconhecimento social, o que se aplica também aos professores da educação básica.

    6 – O papel do Conselho Escolar diante dos trabalhadores da educação básica

    Enfim, dentro da escola, os Conselhos Escolares podem contribuir, de modo integrado e participativo, para a superação da divisão social do trabalho, valorizando todos os trabalhadores e, em especial, os funcionários de escola. Afinal, a escola, em todos os seus espaços, exerce uma função social educativa: a de formar o cidadão como ser político, capaz de conhecer e lutar pelos seus direitos, dentro e fora dela. E todos, na escola devem ser sujeitos da ação educativa, caminhando na direção da democracia participativa e da superação das desigualdades sociais.
    Nesta perspectiva, algumas ações pontuais podem ser desenvolvidas pelos conselhos:


    - Lutar pelo reconhecimento profissional dos funcionários da escola;

    - Inserir a todos na discussão do Projeto Político Pedagógico, como forma de apropriação, por todos, do saber/ fazer pedagógico.

    7 – A valorização dos trabalhadores da educação básica na legislação brasileira

    Como se vê, a LDB trabalha com as categorias de “ensino” e “educação” ambiguamente. Mas ela abre brechas em seus princípios, para a luta pela valorização dos funcionários da escola ao falar do “profissional da educação”, da valorização das experiências extra-escolares e da vinculação entre a educação escolar , o trabalho e as práticas sociais.


    Livro 9

    Conselho Escolar e a educação do Campo


    Parte I – O campo e a Educação do Campo

    Por em prática uma política de educação que respeite a diversidade cultural e as diferentes experiências de educação em desenvolvimento, em todas as regiões do país, como forma de ampliar a oferta de educação de jovens e adultos e da educação básica nas escolas do campo.

    Parte II - Gestão Democrática e Gestão Escolar

    Com o Conselho Escolar, a gestão da escola passa a ser uma gestão colegiada, onde os segmentos escolares e a comunidade local se congregam para, juntos, construírem uma educação de qualidade e socialmente relevante.
    No desafio de construir uma educação de qualidade, o Conselho Escolar, como um parceiro de todas as atividades que se desenvolvem no interior da escola, elege a essência do trabalho escolar como sua propriedade. Para tanto, sua tarefa mais importante é a de acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e, consequentemente, do processo ensino/ aprendizagem.
    A composição do Conselho Escolar deve ter representação de todos os segmentos que compõem a escola (professores, funcionários e alunos), acrescido de participação externa (pais e mães de alunos e comunidade local).






    Parte III – O Conselho Escolar e o acompanhamento pedagógico

    O Conselho Escolar, nesse contexto, deve incentivar o processo de alfabetização e demandar dos sistemas de ensino a criação de oportunidades de alfabetização de crianças, adolescentes e adultos, como prioridades e estratégia do PPP.

    O campo e a educação no campo

    O Conselho Escolar precisa debater com toda a escola sobre o sentido de qualidade na educação do campo para, somente depois, ter condições para encaminhar, de forma coletiva, a organização e o desenvolvimento da ação escolar.
    Na escolha dos conteúdos e metodologias mais adequadas às escolas do campo, deve-se ter extremo cuidado para que haja forte relação entre eles e a cultura local. Isso, porque o conhecimento se constrói na relação social, no confronte de saberes: entre a cultura universal e a cultura local, entre o erudito e o popular.



    Livro 10

    Conselho Escolar e a relação entre a escola e o desenvolvimento
    com igualdade social

    Introdução


    A igualdade tem um grande domínio sobre homens e mulheres, desde a época dos gregos.
    O ideal de igualdade tem sido perseguido pela humanidade e está presente em todas as épocas e em todos os países, em que passem por inúmeras controvérsias e polêmicas.

    1 - Com o grande crescimento populacional fez do Brasil, ser considerado uma das cinco sociedades mais desiguais do mundo.
    O país tem uma grande necessidade de ampliar a oferta da escolarização básica, ou seja, de garantir que o estudante cumpra pelo menos o Ensino Fundamental e Médio.

    2 - Ainda há muita discriminação com relação a mulher no mercado de trabalho, pelos baixos salários, é por aí que vemos a grande desigualdade do país.

    3 - As pesquisas mostram que a renda média do trabalhador, permaneceu parada sem mostrar recuperação das perdas que ocorrem desde 1996.

    4 - Com o aumento das exigências das empresas por aperfeiçoamento dos estudos, ouve uma grande procura para se completar o Ensino Médio e conclusão de faculdade, facilitando assim, a permanência dessas pessoas no mercado de trabalho, terminar os estudos, se tornou uma grande prioridade para poder se manter no mercado de trabalho.

    5 - A redução do analfabetismo parece acontecer mais por um movimento inicial, em razão da morte das gerações mais velhas do que pelo efeito de eventuais políticas para a área, que são intermitentes.

    6 – Estudar mais é até preciso, mais é necessário também ter ensino de qualidade e parcerias para empregos e oportunidades, coisas que no nosso país ainda vai demorar para se concretizar.

    7 – A Educação é direito de todos e dever do Estado e da família.
    A população também tem que fazer sua parte em cobrar das autoridades seus direitos e cumprir também com suas responsabilidades.



    8 - Os sistemas nacionais de educação, do jeito que temos hoje, surgiram no mundo ocidental e no momento em que despontavam os Estados Nacionais e se firmam as bases da moderna sociedade.

    9 – A escola está situada em um determinado espaço e pode desempenhar um papel muito importante no seu redor visando contribuir para o exercício coletivo da cidadania.


    10 – O Conselho Escolar ajuda a atuar nas ampliações das oportunidades de aprendizagem dos estudantes e auxilia a escola pública no cumprimento de sua função social.

    11 – A escola procura se integrar com os projetos comunitários, de natureza sócio-educativa, que visem promover o ingresso, o regresso ao sucesso dos estudantes na escola.


    “A educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.




    Paulo Freire

    E. M. Amauri Ferreira

    Rua Adalgisa Lemos, s/n.ºCep: 23825-140 - Vila Geni

    Diretora. Profª.Erigleide da Costa Barros Melo


    Coordenadora responsável pela postagem. Profª: Roselene da Silva

    E-mail.
    escolaamauriferreira@itaguai.rj.gov.br

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